terça-feira, 7 de abril de 2015

A GRANDE MURALHA DAS VAGINAS

É sem­pre a mesma his­tó­ria, sem­pre a mesma dúvida sobre a forma e o tama­nho de suas geni­tá­lias. Muitas das que já tive­ram bebês acham que arrui­na­ram suas vagi­nas e que os homens não vão mais se inte­res­sar por elas. Uma delas me con­fes­sou que não teve rela­ções sexu­ais por 15 anos depois que pas­sou pela expe­ri­ên­cia do parto natu­ral”, conta ele.
A expo­si­ção “The Great Wall of Vagina” que foi exi­bida em maio e junho de 2011 como parte do Brighton Festival Fringe, é resul­tado de um tra­ba­lho de 5 anos com 400 volun­tá­rias, de 18 a 76 anos de idade, incluindo mulhe­res em fase de mudança de gênero. Todas tive­ram suas vagi­nas emol­du­ra­das em gesso e expos­tas lado a lado em pai­néis bas­tante sóbrios, de maneira não obs­cena e defi­ni­ti­va­mente não eró­tica.
Uma das razões que leva­ram McCartney a dar iní­cio ao seu tra­ba­lho foi a des­co­berta de que a labi­o­plas­tia, cirur­gia plás­tica des­ti­nada à recons­ti­tui­ção dos lábios vagi­nais, é uma das que mais cres­cem no mundo, ganhando adep­tas prin­ci­pal­mente entre mulhe­res mais jovens. Tendência que, segundo Jamie, reflete a inse­gu­rança e a falta de refe­rên­cias que con­fir­mem que não existe nada de errado com a apa­rên­cia de suas pró­prias vul­vas. “Fiquei impres­si­o­nado ao per­ce­ber que a soci­e­dade havia cri­ado mais uma maneira de fazer as mulhe­res se sen­ti­ram mal em rela­ção a si mes­mas, suge­rindo a exis­tên­cia de uma ‘vagina per­feita’. Decidi que eu estava numa posi­ção pri­vi­le­gi­ada para fazer algo a res­peito”, com­ple­menta.


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